4 maiores dificuldades encontradas em sistemas de videoconferência

6 de maio de 2019

O sistema de videoconferência se popularizou nas empresas, deixando de ser um privilégio das grandes corporações, resultando na tendência de que cada vez mais os tomadores de decisão adotem essa solução para fazer reuniões.

No entanto, a videoconferência oferece alguns desafios que podem inviabilizar o seu uso. Veja a seguir alguns deles.

1. Largura de banda

Disponibilidade de largura de banda é definitivamente uma das grandes dificuldades para o bom funcionamento de uma rede de videoconferência, uma vez que muitas empresas não possuem uma conexão de internet satisfatória. Porém, ao longo dos anos vem se tornando um aliado quando buscamos entregar a excelência em qualidade de áudio/vídeo.

No passado havia a exigência de uma rede de vídeo IP dedicada, separada da rede de dados tradicional da empresa, para que a largura de banda e a priorização adequada pudessem ser aplicadas ao tráfego de vídeo.

Essa separação, em tese, ajudaria a assegurar o tráfego e permitir o seu controle e gerenciamento, sem atritos com outro tráfego de dados. Entretanto, a separação geraria custos e tornaria mais complexa a implementação de vídeo.

A boa notícia é que as tecnologias de videoconferência melhoraram significativamente ao longo do tempo, colaborando para os requerimentos de largura de banda para colaboração de vídeo, bem como no tráfego de vídeo mais robusto em condições de rede nem tão perfeitas assim.

Em 2010 a fabricante Polycom era umas das únicas empresas da indústria a trabalhar com a compressão de vídeo H.264 High Profile. Esse padrão de compressão de vídeo permite organizações a reduzir sua largura de banda em chamadas de videoconferência em até 50%.

Colocando isso em uma perspectiva de colaboração de vídeo a uma resolução 720p a 30 frames por segundo, deveria requerer no mínimo um 1Mb de largura de banda para uma conexão.

Com H.264 HP, o requerimento de largura de banda agora é 512Kbps, isso significa que a empresa pode agora dobrar o número de conexões de vídeo por meio de um link de rede sem pagar por largura de banda extra.

Em adição a isso, abriu também as portas para o aperfeiçoamento das experiências remotas. Não existe mais, por exemplo, a situação de um usuário remoto se juntar a partir de um escritório em casa ter que ser o “primo pobre” de uma reunião de vídeo com uma resolução ruim e baixas taxas de frame.

Em adição à redução de requerimento de largura de banda para conexões de vídeo tivemos outras otimizações na tecnologia de transmissão para manter a qualidade de vídeo, mesmo que as condições da rede não sejam tão robustas.

Atualmente já existem robustos algoritmos de correção, que têm sido desenvolvido para ajudar a manter a qualidade do fluxo de vídeo. Um exemplo é a tecnologia patenteada Polycom “Lost Packet Recovery”, criada para reduzir significativamente a perda de pacotes, mantendo a estabilidade da chamada.

2. Bloqueio de firewall a sistemas de videoconferência

Um dos grandes vilões da videoconferência que pode vir a trazer diversas dificuldades na utilização da solução —se não for configurado da forma adequada — é o firewall de dados corporativo.

A maioria dos funcionários de TI de empresas que utiliza a solução de videoconferência já enfrentou situações em que não se consegue realizar ou receber chamadas, mesmo tendo configurado toda a plataforma de forma correta.

Isso acontece porque, para um perfeito funcionamento, é preciso realizar algumas configurações de firewall como a liberação/encaminhamento de portas de acordo com o protocolo utilizado para a realização da chamada.

Um exemplo muito comum é o usuário que precisa realizar uma chamada para uma localidade fora de sua rede mas a chamada nunca é completada. Nesse caso, como proceder?

O procedimento para que se tenha sucesso na implementação da solução de videoconferência é a configuração de NAT, que surge como alternativa adequada a esse tipo de problema.

Para que seja possível a realização de chamadas para localidades fora da sua rede local, é necessário que esse sistema consiga ver e ser visto pela internet pública — para isso é feita a tradução dos endereços IP e portas TCP da rede local para a internet.

Isto é, o pacote a ser enviado/recebido a partir do seu sistema na rede local é trocado por um IP público, validando o seu envio pela internet. No retorno do pacote é a mesma coisa: o pacote chega e o IP é trocado pelo endereço de rede interno do seu sistema de videoconferência que fez a requisição.

3. Ameaças virtuais

Os cibercrimes nunca estiveram tão em alta no mundo. Infelizmente, é comum nos depararmos com novos casos de ataques cibernéticos que violam dados sigilosos das empresas, os quais são representados pelas informações armazenadas em servidores, bem como pelo que circula em tempo real no ambiente corporativo — é o caso das videoconferências.

Falamos anteriormente sobre as dificuldades relacionadas ao bloqueio do firewall. Vale enfatizar a importância que o firewall tem para garantir a segurança na transmissão, visto que ele desempenha tarefas essenciais, tais como o controle do tráfego e das portas do sistema.

É fundamental que o sistema de videoconferência seja executado dentro dos perímetro defensivo, de maneira que o firewall garanta uma conexão protegida — esse, por sua vez, deve estar bem configurado para lidar com os protocolos utilizados, como o H.323.

Entretanto, não são apenas os mecanismos de segurança da informação os responsáveis para garantir a proteção das videoconferências; as próprias configurações dos sistemas de videoconferência e maus hábitos dos usuários podem fazer da atividade uma brecha para ataques.

Um exemplo disso está em uma extensa pesquisa feita por HD Moore, especialista em cibersegurança, realizada em 2012, na qual ele constatou que mais de 150 mil configurações de videoconferência estavam vulneráveis a escutas e espionagens feitas remotamente.

Mas o que há de errado nas configurações? Por que elas oferecem, por padrão, um grande risco? Uma das respostas está na função de auto-answer (resposta automática), recurso que permite aos invasores “participarem” discretamente das reuniões, ou seja, não há uma requisição para impedir que isso aconteça.

Outro fator que contribui diretamente para as falhas: muitos sistemas de videoconferência adquiridos pelas empresas, cujas configurações preestabelecidas não são revistas pelo time de segurança. Como os equipamentos ficam localizados em salas nas quais reuniões importantes acontecem, esse acaba por se tornar um agravante.

4. Falta de acompanhamento técnico

Quando os integrantes de uma reunião corporativa marcam uma videoconferência, é comum eles não pensarem nos eventuais problemas técnicos que podem ocorrer envolvendo o software, o hardware ou até mesmo a conexão com a internet.

A falta de um especialista nesses momentos é determinante para cada experiência envolvendo videoconferências — convenhamos que os problemas são muito abrangentes, podendo envolver desde ruídos no áudio a falhas mais drásticas.

Tendo o suporte técnico em tempo real, é certo que a raíz de cada erro será detectada com mais facilidade e agilidade, reduzindo a possibilidade de problemas complexos atrapalharem a videoconferência significativamente.

Chegamos ao fim do nosso conteúdo e esperamos ter ajudado você a detectar suas dificuldades e os desafios acerca dos sistemas de videoconferência.

Aproveite para levar o conhecimento a mais empresas e tornar o ambiente de videoconferências mais seguro! Compartilhe este conteúdo nas redes sociais!

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