Passo a passo: como garantir a segurança de dados com uso de tecnologia na nuvem?

5 de junho de 2019

As políticas de segurança de dados nunca foram tão importantes. Nos últimos meses, empresas de vários setores enfrentaram uma onda de ataques, que envolveram técnicas de negação de serviços (o chamado DDoS) e infecções por ransomwares (malwares que criptografam arquivos e exigem pagamentos em dinheiro para a retomada do acesso aos dados) como o Petya e o WannaCry. Juntas, essas ondas de ataques levaram companhias a registrar prejuízos milionários, seja pela perda de dados estratégicos ou o fim de contratos de prestação de serviços.

Para evitar que tais ameaças impactem o negócio, uma série de medidas podem ser tomadas. Uma delas é a adoção de ferramentas baseadas na computação na nuvem. Elas são capazes de ampliar a confiabilidade da infraestrutura de TI preexistente no ambiente corporativo, eliminar riscos e, ao mesmo tempo, gerar um ganho de performance para o usuário. Assim, a empresa pode manter-se competitiva sem comprometer a sua privacidade ou a sua segurança interna.

Se você quer saber mais sobre esse tema e como a computação na nuvem é capaz de contribuir para a melhora da segurança de dados dentro do ambiente corporativo, confira o nosso post de hoje!

Entenda os benefícios da computação na nuvem para a segurança

Em ambientes empresariais, a segurança de dados é um fator crucial para que negócios possam manter-se com alta produtividade sem que isso implique na redução da capacidade da empresa proteger-se contra ataques. As políticas de segurança e privacidade digital têm sido incorporadas por várias empresas para gerar potencial estratégico, seja pela eliminação de vulnerabilidades ou o aumento da confiabilidade dos ativos de TI.

Para atingir esse objetivo, os gestores de TI utilizam diferentes abordagens. Há a possibilidade de criar mecanismos de controle de acesso (reduzindo o impacto causado por contas comprometidas) e, ao mesmo tempo, o uso de soluções de monitoramento (que dão uma visão abrangente e em tempo real sobre todos os processos internos). Assim, a empresa mantém um controle rígido sobre a sua infraestrutura e os seus processos de TI continuamente.

Nesse sentido, uma boa escolha é o investimento na computação em nuvem. A adoção dessa tecnologia pode trazer benefícios que vão além da redução de custos, ganho de mobilidade operacional e flexibilização das políticas internas. Feita da forma correta, a empresa pode tornar as suas políticas de segurança de dados mais eficazes e com maior capacidade de manter a rotina interna segura.

A nuvem permite que dados sejam compartilhados com alto controle. Por meio de soluções de cloud storage, os profissionais internos contarão com um ambiente seguro e confiável para o armazenamento de arquivos. Assim, as rotinas internas podem ser mantidas com alta integração sem que a troca de informações seja feita por meios pouco confiáveis.

O backup na nuvem também é uma ferramenta que amplia a capacidade das políticas de segurança de evitarem grandes problemas. Sendo capaz de salvar dados críticos em um ambiente remoto, a empresa protege os dados de usuários de diversos problemas, como quedas de energia e falhas em servidores de backup interno. Assim, mesmo em casos graves, os arquivos poderão ser recuperados com agilidade.

Vale destacar, também, o fato de que soluções licenciadas via SaaS são mais seguras. Os processos de atualização são mais ágeis, o que reduz a exposição de profissionais a brechas de segurança e bugs existentes no código-fonte. Além disso, o acesso a novos recursos será ágil, permitindo a adoção de uma rotina de trabalho mais ousada.

Conheça as diferenças entre os tipos de nuvem antes de escolher

Durante a contratação de um serviço de computação na nuvem, uma série de fatores entram em cena. Dois deles envolvem o tipo de infraestrutura que será utilizada pela empresa e como será definido o gerenciamento da solução controlada, que são três:

Nuvem privada

A nuvem privada é um modelo em que a empresa que utiliza as soluções de cloud computing também é responsável pela sua gestão. Em outras palavras, o negócio vai efetuar a aquisição dos equipamentos, fará o monitoramento dos recursos e a gestão de todos os usuários.

Esse é o modelo de computação na nuvem que fornece o maior controle para o empreendimento. A empresa poderá definir, da forma que for mais conveniente, todos os detalhes do serviço que será utilizado, como o tipo de software e equipamento de rede contratado.

Isso pode ser visto como um fator estratégico e, ao mesmo tempo, uma razão para não investir nessa estratégia. A possibilidade de personalizar completamente a infraestrutura de computação na nuvem da empresa permite que o negócio tenha uma solução que se adapta melhor ao seu perfil corporativo.

Por outro lado, isso também contribui para que o custo a médio e longo prazo do uso dos serviços de computação na nuvem seja elevado: não haverá o rateio dos custos com outros usuários, como ocorre na nuvem pública, como veremos a seguir.

Nuvem pública

A nuvem pública é uma das formas mais populares para a aquisição de serviços de computação na nuvem. Esse é o caso das situações em que o negócio investe em um serviço que permite o acesso a uma parte dos recursos de um data center. Em outras palavras, na nuvem pública, uma infraestrutura de cloud computing é compartilhada entre diferentes usuários.

Isso não implica em uma diminuição da segurança do usuário. Por meio de diferentes tecnologias, empresas que atuam nessa área conseguem reduzir riscos e garantir que o usuário não terá a sua privacidade afetada.

A nuvem pública destaca-se por sua fácil escalabilidade e os custos de investimento inicial e manutenção a médio e longo prazo reduzidos. Sempre que necessário, a companhia pode ampliar (ou reduzir) a quantidade de funcionalidades contratadas rapidamente.

Isso reduz drasticamente o tempo de resposta a demandas do mercado e garante que os usuários sempre terão a quantidade de recursos necessária no seu dia a dia. Além disso, a maneira como a computação na nuvem em ambientes públicos é gerenciada também reduz os custos a médio e longo prazo desse tipo de serviço: os valores de manutenção e atualização de equipamentos e softwares são rateados entre todas as contas existentes.

Nuvem híbrida

A nuvem híbrida é um modelo de computação na nuvem conhecido pela sua flexibilidade e que tem ganhado força nos últimos anos. Nesse tipo de infraestrutura, a companhia mantém ativo um modelo que combina características da nuvem privada e da nuvem pública. Assim, é possível criar uma estratégia diversificada, que reduz custos e dá maior controle estratégico sobre recursos.

Com a nuvem híbrida, a empresa pode beneficiar-se dos dois modelos existentes. É possível alocar, sempre que for necessário, recursos em um ambiente público, seja para ganho de escalabilidade operacional ou redução de custos. Por outro lado, em busca de mais privacidade e controle, também há a possibilidade de migrar dados para uma infraestrutura de computação na nuvem em um ambiente privado.

Além dos modelos de gestão de infraestrutura de cloud computing, a companhia também precisa avaliar como será o modelo de negócio contratado. Atualmente o mercado possui três, que diferenciam-se do tipo de solução que é ofertada ao usuário. São eles:

SaaS

Sigla para Software as a Service (algo que, em português, pode ser traduzido como Software Como Serviço), o SaaS é um dos principais modelos de aquisição de serviços de cloud computing. Nesse caso, a empresa (ou o usuário) contrata o acesso a um sistema (ou solução de TI) pré-configurado de acordo com uma série de padrões preexistentes.

Soluções tradicionais de SaaS incluem softwares de gestão integrada na nuvem e suítes de aplicativo de escritório. Elas são disponibilizadas por meio de contratos cujo valor é modificado de acordo com o número de usuários e recursos ativos. Quanto maior, mais elevada será a conta no final do mês.

Em troca, a empresa terá acesso ― via web ou por meio de uma aplicação desktop integrada à nuvem ― à última versão do aplicativo que for compatível com o seu sistema operacional. Atualizações serão disponibilizadas automaticamente e, em diversos casos, o usuário poderá receber prioridade no serviço de suporte.

IaaS

IaaS (Infrastructure as a Service, ou Infraestrutura Como Serviço, em português) é um modelo em que a companhia recebe o acesso a um conjunto de recursos de baixo nível de uma infraestrutura de computação na nuvem. Ao contrário do SaaS, em que o acesso aos recursos modificáveis envolvem apenas o software que será utilizado pelo usuário, nesse cenário tem-se a possibilidade de configurar detalhes referentes ao hardware e software utilizados.

Isso incluirá fatores como o sistema operacional, softwares próprios, o nível de armazenamento disponível e a capacidade de processamento que será utilizada por cada pessoa. Como consequência, o negócio terá um serviço feito sob medida do início ao fim, que se alinha completamente às suas necessidades e o seu perfil corporativo.

PaaS

Termo utilizado para definir Platform as a Service (ou Plataforma Como Serviço, em tradução livre), a sigla PaaS refere-se a um tipo de computação na nuvem que pode ser definido como um “meio termo” entre o IaaS e o SaaS. A companhia poderá definir recursos mais avançados do que o Software Como Serviço, mas não será capaz de modificar alguns fatores acessíveis para usuários do IaaS.

Esse tipo de plataforma é voltado para pessoas que pretendem utilizar a computação na nuvem para atividades como a execução de softwares personalizados, mas que não possuem (ou não desejam investir) os recursos necessários para lidar com fatores como a gestão de hardware e definição de políticas de backup. Assim, a companhia conseguirá manter uma rotina de alta performance com um ambiente de trabalho robusto e confiável.

Crie políticas de gerenciamento de acesso

No ambiente de uso de serviços de computação na nuvem, as políticas de gerenciamento de acesso possuem um papel chave. Elas são responsáveis por impedir que pessoas não autorizadas possam acessar recursos do negócio e, como consequência, dão maior controle para o negócio sobre os seus dados.

As políticas de acesso devem ser abrangentes e, acima de tudo, envolver todos os usuários dos serviços de computação na nuvem contratados. Assim, a companhia conseguirá definir regras de acordo com a sua necessidade e ter maior controle sobre os seus ativos.

O primeiro passo de uma política de acesso é definir quais recursos ficarão disponíveis para cada conta. Crie grupos de usuários e segmente as funcionalidades disponíveis de acordo com cada área, reduzindo as chances de uma pessoa visualizar algo que não for estritamente necessário para o seu dia a dia.

Os usuários devem ser instruídos a sempre reduzir as opções de compartilhamento para apenas as pessoas que precisam acessar os dados. A possibilidade de arquivos serem modificados, por exemplo, precisa ser controlada. Assim, evita-se que uma pessoa faça uma modificação não autorizada nos registros do negócio

Outro ponto importante da política de acesso é o monitoramento das atividades dos usuários. O gestor de TI precisa avaliar continuamente como cada conta está sendo utilizada. Crie alertas e mantenha sistemas de segurança ativos continuamente. Assim, caso uma conta seja comprometida, medidas corretivas serão tomadas com rapidez.

A política de acesso é uma das peças mais importantes das políticas de segurança de dados modernas. Elas são fundamentais para que o gestor do negócio consiga evitar o roubo de dados e o acesso não autorizado aos seus recursos, evitando prejuízos e perda de clientes. No ambiente da computação na nuvem, ela trará maior confiabilidade para o empreendimento, ampliando os benefícios a médio e longo prazo do investimento.

Garanta um plano de recuperação de de desastres

Sempre que a empresa for contratar um prestador de serviços de TI, o plano de recuperação de desastres precisa ser formulado (ou reformulado, no caso dos negócios que já possuem uma infraestrutura existente). É por meio dessa documentação que a companhia evitará a perda prolongada do acesso a serviços e soluções depois que algum problema ocorrer.

O plano de recuperação de desastres deve ser planejado por meio de várias etapas. São elas:

  • a análise da infraestrutura existente;
  • o levantamento dos riscos envolvidos no ambiente de TI;
  • a criação de regras para a diminuição do tempo de resposta a falhas;
  • treinamento dos profissionais com os novos procedimentos;
  • revisão das medidas tomadas.

Cada uma dessas etapas terá um impacto direto no tempo em que serviços de TI ficarão indisponíveis ou a capacidade do negócio de responder a falhas em suas soluções. A análise da infraestrutura existente, por exemplo, permite que o levantamento dos riscos que podem afetar o negócio seja o mais preciso possível. O gestor terá uma ampla visão dos recursos que são disponibilizados para cada área da empresa, assim como dos seus pontos fortes e fracos.

Ao mesmo tempo, a definição das normas de combate a falhas e o treinamento dos profissionais garante a consolidação do plano de recuperação de desastres. Isso será crucial para que, em caso de falhas, essa estratégia possa ser utilizada corretamente para reduzir o impacto causado por problemas e os prejuízos decorrentes de ocorrências internas e externas.

No caso dos serviços de computação na nuvem, uma série de fatores devem ser um ponto de atenção para o negócio. Verifique a capacidade do provedor de serviços manter a infraestrutura ativa e com alta performance. Além disso, avalie como a companhia atua em caso de problemas na sua infraestrutura.

Outro ponto importante é a rede utilizada pela empresa. Serviços de computação na nuvem podem fazer um grande uso da capacidade de banda do negócio e, em muitos casos, exigir uma conexão ativa durante o seu uso. Portanto, verifique possíveis riscos relacionados à falta de acesso à web e à necessidade de remodelar a infraestrutura de TI para suportar a ampliação do fluxo de dados.

Saiba como implementar a computação na nuvem

A implementação de uma solução de computação na nuvem precisa seguir uma série de etapas, caso o gestor queira impedir que os novos ativos transformem-se em um problema de segurança para o empreendimento. O mesmo vale para o caso oposto, em que a empresa busca utilizar o cloud computing como um ativo de segurança digital. Entre as etapas necessárias durante esse processo, destacamos as seguintes:

Verificar os padrões de segurança na nuvem

Os padrões de segurança utilizados pelo prestador de serviços de computação na nuvem estão diretamente ligados à sua eficiência a médio e longo prazo. Opte por negócios capazes de atuar com um modelo de segurança digital eficaz e que valorizem a privacidade do usuário.

Avalie, por exemplo, como os dados de cada cliente são manipulados. É comum que companhias utilizem logs de uso para otimização de recursos internos de forma anônima. Por outro lado, vários empreendimentos também podem compartilhar esses registros com parceiros comerciais, comprometendo a privacidade do usuário.

Outro ponto importante são os métodos de autenticação disponibilizados. Eles devem ser capazes de bloquear o acesso não autorizado a contas e adaptar-se ao perfil do negócio. Assim, devem ser preferidos os serviços com métodos de autenticação de dois passos via SMS, aplicativos ou tokens de acesso, além do envio de e-mails com alertas sobre logins em novos aparelhos.

Tais funcionalidades e regras devem ser registrados pelo SLA. Também conhecido como Service Level Agreement (ou Acordo de Nível de Serviço, em uma tradução livre), esse documento possui todas as normas para o uso de uma solução de TI. Além de delinear fatores relacionados à segurança do usuário, o SLA também registra fatores como multas e a disponibilidade mínima do serviço, dando mais segurança na nuvem para o negócio.

Entenda como cada tipo de infraestrutura pode beneficiar o seu negócio

Para maximizar os retornos obtidos com o investimento na computação na nuvem, a empresa também deve avaliar como a solução contratada pode impactar a sua rotina. Para que isso seja possível, é importante que o negócio consiga levantar os seus objetivos de médio e longo prazo e fatores internos que necessitam de melhora. Assim, a ferramenta escolhida será integrada profundamente ao ambiente interno de trabalho.

Adote a criptografia sempre que possível

Ao longo do processo de implementação de uma solução de cloud computing, não se esqueça de fortalecer o uso de recursos de criptografia. O armazenamento de dados, por exemplo, sempre deve ser feito por meio de mídias criptografadas.

Já o envio e recebimento de dados pode utilizar conexões HTTPS. Elas são capazes de evitar o acesso não autorizado aos dados durante a troca de informações que ocorre entre a máquina do usuário e a infraestrutura de cloud computing, maximizando a privacidade de quem está realizando a operação.

Monitore continuamente a ação dos usuários

Uma vez que o serviço de cloud computing tenha sido implementado, a empresa deve avaliar continuamente como cada usuário utiliza o seu ambiente de trabalho. Como apontado anteriormente, essa prática impede que uma conta comprometida seja a porta de entrada para um grande dano ao ambiente de trabalho da empresa.

Vale destacar, também, que possuindo uma política de monitoramento, a empresa amplia a sua capacidade de otimizar os seus recursos a médio e longo prazo. Os dados levantados com as soluções de monitoramento permitem a definição de estratégias para melhorar a infraestrutura de acordo com a forma como ela é utilizada por seus usuários, aumentando a produtividade.

Ao longo dos últimos anos, a computação na nuvem tem se destacado como uma das principais tecnologias para o ambiente empresarial. Ela traz uma série de benefícios para empresas, que conseguem otimizar as suas atividadesreduzir custos e manter processos com maior mobilidade.

Nesse cenário, a computação na nuvem também pode ser vista como um investimento estratégico para empresas ganharem mais segurança no seu uso de soluções de TI. Ferramentas de cloud computing contribuirão para que o empreendimento possa manter as suas ferramentas de trabalho em um ambiente com alta performance e confiabilidade. Regras serão definidas com agilidade e, ao mesmo tempo, o monitoramento será simples e ágil.

Em outras palavras, a computação na nuvem pode ser vista como um investimento estratégico. Ela mantém a empresa competitiva, capaz de atender a várias demandas com alta escalabilidade e performance, auxiliando o empreendimento a reduzir custos e ganhar mais flexibilidade diariamente. Ao mesmo tempo, as políticas de segurança digital terão uma capacidade mais ampla de proteger usuários contra falhas e brechas de segurança de dados.

Viu só como a tecnologia em nuvem pode trazer diversos benefícios para o seu negócio sem comprometer a segurança? Se você gostou desse post, não deixe de compartilhá-lo em suas redes sociais!

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Lizi da Pleimec
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